domingo, 4 de novembro de 2007

AIK ESTOCOLMO
Quando os estrangeiros moldam o estilo de jogo

Outrora um dos grandes do futebol sueco, o AIK Estocolmo vive agora um período de maior acalmia, depois de uma fugaz passagem pela segunda divisão sueca. Para fazer a diferença e voltar a lutar pelo título (foi 2.º o ano passado), o AIK recorre sobretudo à qualidade de jogadores estrangeiros que moldam o futebol no meio-campo, conseguindo fazer a diferença nos jogos. Dulee Johnson é uma referência incontornável, mas Monsalvo, Stephenson ou Valdemarín também são importantes.

A actuar em 3x5x2, a importância dos laterais costuma ser decisiva. Neste aspecto, pode dizer-se que o AIK é uma equipa disforme a atacar. Do lado esquerdo, Patrik Karlsson é um jogador que se junta muito mais aos centrais do que Tamandi do lado contrário. De facto, Tamandi percorre toda a ala direita, libertando os médios interiores do lado direito de caírem nesses terrenos.

No entanto, toda a construção ofensiva do AIK Estocolmo tem origem num jovem jogador da Libéria. O futebol nórdico é pródigo em descobrir jogadores africanos e posteriormente lançá-los e, pelo andar da carruagem, não faltará muito para que Dulee Johnson, este acólito de George Weah, seguir os passos de, por exemplo, Obi Mikel.

Dulee Johnson é um "box-to-box", que gosta de ter liberdade para sentir a bola uma primeira vez, ainda que muito recuado para depois poder levar o jogo para a frente. Através de passe curto, em profundidade ou mesmo em corrida em progressão, Dulee Johnson desequilibra. Talento equilibrado como uma força natural acima da média que o torna também um excelente defensor, forte no confronto físico. Um jogador moderno.

Ao seu lado, há ainda o argentino Pablo Monsalvo. Com Dulee Johnson ao lado, Monsalvo perde preponderância, mas não deixa de se destacar pelo fino trato de bola, pelo posicionamento inteligente e boa técnica de passe. Descaído para o lado esquerdo do meio-campo, Mats Rubarth procura flectir para o centro do terreno para criar superioridade numérica com os dois do meio-campo.

Na frente de ataque, dois jogadores complementares. Lucas Valdemarín, argentino, e Khari Stepehenson, jamaicano. Se Valdemarín é um jogador que gosta mais de recuar, de tocar na bola e procurar o espaço, Stephenson é mais directo. Ágil na movimentação, rápido a sair da marcação, tem uma facilidade de remate impressionante. A forma tosca e atabalhoada com que parece controlar a bola tornam-no discutível, mas é impressionante a forma como sai de um lance desses para criar perigo com um remate imprevisível.

1 comentário:

PB disse...

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