O Karlsruhe está a ser grande revelação da Bundesliga até ao momento. Longe dos tempos áureos em que contava com Oliver Kahn e defrontou o Boavista na UEFA, a equipa está a ter um regresso fenomental ao principal escalão do futebol alemão.
Na conjuntura actual na Alemanha, será difícil acompanhar, ou pelo menos seguir de perto, o Bayern Munique, mas o Karlsruhe integra o pelotão de equipas que segue no encalce. Antes da última jornada era 2.º classificado, mas um empate relegou-se para a 4.ª posição com 19 pontos em 10 jogos, a um ponto de Werder Bremen e Hamburgo.
A equipa de Edmund Becker tem Markus Miller na baliza, um guarda-redes de 25 anos que iniciou a carreira no Estugarda, mas que nunca teve grande destaque. Com boa estampa física, a equipa sofreu 11 golos em dez jogos.
O quarteto defensivo conta com Görlitz no lado direito, Eichner na esquerda e Eggiman e Franz no centro da defesa. Os dois laterais assumem bastante importância na estratégia ofensiva da equipa, já que actuam a todo o comprimento da ala, aproveitando as desmarcações interiores de Timm, médio-direito, e Iashvili, médio-esquerdo.
De facto, é este o conceito em que se baseia todo o futebol da equipa. Bola no pé, futebol apoiado e com pouco risco e constantes desmarcações de envolvimento: apoios recuados e pelas costas para deixar o adversário em inferioridade numérica. No centro do meio-campo, Mutzel tem um papel mais fixo, de apoio aos centrais, enquanto o italiano Porcello intervém mais no ataque, de forma a aproveitar o forte remate de longa-distância. Livre à frente dos dois, há o húngaro Tamás Hajnal. Com um excelente início de época, Hajnal é a referência nas jogadas de ataque e dono das bolas paradas, onde o central Eggiman é o mais solicitado, dada a altura.
Uma lacuna é o número de oportunidades de golo criadas. 13 golos em dez jogos torna-lhe o pior ataque dos primeiros sete classificados. Incapazes de desequilibrar frequentemente com a bola controlada, o Karlsruhe faz do ataque rápido a principal arma. Porcello é rápido a progredir no terreno, juntando-se aos outros quatro jogadores, o que permite não só criar superioridade, como circular rapidamente a bola, tornando a jogada ainda mais difícil de defender.
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