quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

FRANÇA "B"
Fazer render o bleu

Há não muito tempo Portugal decidiu criar uma espécie de Selecção B de forma a dar oportunidades aos jogadores que, não tendo necessariamente espaço nos 23 principais, poderiam ser alternativas válidas caso surgissem lesões ou tivessem uma evolução extraordinária. Agora, Scolari vai chamando um terceiro guarda-redes mais jovem simulando esta situação, mas a verdade é que o jovem sportinguista só treina, não é utilizado. No entanto, verdade seja dita: Portugal consegue ter um conjunto de 28, 29, 30 jogadores de qualidade elevada, mas depois há uma grande quebra.

Outros países há, no entanto, que mantêm a aposta. No último ano, com uma frequência elevada, Domenech decide convocar entre 30 a 40 jogadores, marcando dois jogos particulares, normalmente em dias seguidos. Isto permite ao técnico acompanhar de melhor forma as alternativas, dar-lhes rodagem, dar-lhes ambiente de selecção, dar-lhes ânimo e motivação de estarem a ser observados. Hoje, a França "B" jogou com a República Democrática do Congo, uma das ausências da CAN, e não foi além de um empate a zero.

Numa perspectiva rápida, jogou com o guarda-redes Mandanda (22 anos, Marselha), a defesa com Sagna (24 anos, Arsenal), Méxes (25 anos, AS Roma), Boumsong (28 anos, Lyon) e Clichy (22 anos, Arsenal), meio-campo com Flamini (23 anos, Arsenal), Diarra (26 anos, Bordéus), Rothen (29 anos, PSG) e Nasri (20 anos, Marselha), sendo a dupla de ataque constituída por Jimmy Briand (22 anos, Rennes) e Djibril Cissé (26 anos, Marselha). Entraram o guarda-redes Hugo Lloris (21 anos, Nice), Jérémy Ménez (20 anos, AS Monaco) e Gäel Givet (26 anos, Marselha).

À primeira vista não é uma equipa necessariamente jovem. Nasri e Ménez com 20 anos são os elementos mais jovens, mas convivem com jogadores mais experientes como Rothen (29), Boumsong (28 e capitão nesta partida) e Cissé (26). Destaque para a forte presença de elementos do Arsenal. Arsène Wenger é um profundo conhecedor do futebol de formação francês e daí não se estranha as apostas em Sagna, Clichy e Flamini. Exceptuando Cissé, que é perseguido pelo azar, nenhum deles é presença assídua na selecção principal, mas essa tendência não se seguirá por muito mais tempo.

Há ainda espaço para aqueles que sendo promissores enquanto jovens não têm desenvolvido o suficiente para serem jogadores de selecção. Ou seja, os jogadores não são imediatamente rejeitados e dispõem de novas oportunidades. Mèxes é um caso, mas o avançado Jimmy Briand também precisa de confiança para explodir. Não será um Trezeguet ou Henry, mas tem capacidades para ser um avançado perigosíssimo.

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