Kanouté é aquilo a que já chamaram avançado total. Consegue aliar as característias do avançado tecnicista, com bons pés, com as de um avançado possante e "homem de área". No ataque, pode jogar como único ponta-de-lança (hoje com o Barcelona) ou apenas como primeira referência do ataque (quando tem a companhia de Kerzhakov que aproveita o espaço circundante).
Foram os "pés de veludo" que lhe permitiram receber a bola nas costas da defesa e encarar Valdés com tranquilidade para o tento de honra. Com boa estampa física (1,92m e 82kg), segura bem a bola de costas para a baliza, bem como consegue "sacar" de pormenores técnicos que o colocam junto dos bons avançados do futebol internacional.
Este franco-maliano de 30 anos vive agora o melhor momento da carreira, ele que está há dois anos no Sevilha. O ano passado teve a melhor época de sempre com 21 golos em 32 jogos na Liga, 29 em todas as competições (47 jogos).
Estreou-se na liga francesa ao serviço do Lyon em 1997/1998 numa altura que a equipa francesa ainda não tinha um quinto do que tem hoje. Duas épocas e meia volvidas, com apenas 9 golos em 40 jogos, Kanouté optou por rumar a Inglaterra.
Lá, ao serviço do West Ham, começou a dar nas vistas. Depois de seis meses de adaptação, Kanouté fez duas épocas consecutivas a marcar 11 golos. Depois de uma época mais modesta, mudou de clube: Tottenham. Apesar dos 14 golos em duas épocas, o franco-maliano decidiu que era altura de mudar, alcançando definitivamente a glória no clube andaluz.
Contra Kanouté está o espírito inconformado que o leva a criar alguns episódios de indisciplina. No último defeso, Kanouté fez pressão para sair de Sevilha, mas acabou por manter-se e já leva quatro golos no campeonato espanhol.
Internacional por 15 vezes, Kanouté tem uma cláusula de rescisão de 25 milhões de euros.
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