terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

SENEGAL
Leões da Teranga "sen" brilho

Das equipas que à partida poderiam ser apontadas como candidatas à conquista da CAN, os Leões da Teranga foram a maior desilusão, não conseguindo sequer o apuramento para os quartos-de-final. Os senegaleses, reféns do problemático El Hadji Diouf, nunca conseguiram ter a tranquilidade necessária e acabaram eliminados por Tunísia e Angola, não se escapando de vários problemas disciplinares, onde estiveram envolvidos, entre outros, Diouf, Sylva e mesmo o "português" Ousmane N'Doye.

No grupo D juntamente com os defensivos tunisinos de Roger Lemerre, a incógnita angolana de Oliveira Gonçalves e a débil África do Sul de Parreira, Kasperczak tinha a legítima ambição de garantir um lugar nos quartos-de-final.

O empate inaugural com a Tunísia não ajudou, especialmente devido ao golo tardio tunisino, mas ainda tiveram a hipótese de praticamente fechar o apuramento com Angola. Em vantagem no marcador, não conseguiram evitar a recuperação da selecção de Manucho e companhia, acabando por perder 1-3.

A nível individual é difícil encontrar um destaque positivo. A selecção necessita de uma forte renovação e não estar dependente daquele que outrora foi importantíssimo para a evolução da equipa: El Hadji Diouf. Mimado, chegou a abandonar a selecção, mas foi entretanto demovido pela federação, que o convocou para particulares como se nada tivesse acontecido.

Estatísticas
  • Dos 23 jogadores convocados por Kasperczak, apenas três não chegaram a ser utilizados: o guarda-redes Cheikh Ndiaye, Sarr e Sonko
  • O mesmo número de jogadores actuou os 270 minutos possíveis: os defesas Souleymane Diawara e Abdoulaye Faye e o avançado Sall
  • Os Leões da Teranga viram por oito vezes o cartão amarelo. Sall foi o único a ver duas vezes; Habib Beye, Souleymane Diawara, Abdoulaye Faye, Papa Ba, Gueye e Diomansy Kamara viram uma vez
  • Os quatro golos foram apontados por jogadores diferentes: Diomansy Kamara, Sall, Abdoulaye Faye e Henri Camara
  • Tony Sylva e El Hadji Diouf, dois dos jogadores destacados por indisciplina, perderam a titularidade no terceiro jogo depois de terem actuado os 90 minutos dos dois jogos
  • Os "portugueses" Ousmane N'Doye e Sougou foram pouco utilizados. N'Doye foi titular no primeiro jogo, mas actuou apenas 63 minutos em toda a competição, enquanto Sougou entrou nas duas últimas partidas, num total de 14 minutos

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