terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

ÁFRICA DO SUL
Sem perspectivas de melhoria

Parece um ponto assente que a África do Sul só vai estar no Mundial'2010 porque é o país organizador. A selecção que começou a entrar nas bocas do mundo com o Mundial de França é hoje uma selecção fraca, sem figuras e sem colectivo. Actualmente, no continente africano, a África do Sul não está entre as dez melhores selecções, muito menos nos cinco que costumam garantir o apuramento.

Além das oito selecções qualificadas para os quartos-de-final da CAN, a África do Sul não será melhor que Marrocos, Mali, Zâmbia (veja-se o resultado de 2006) e Senegal. E há ainda as ausentes RD Congo e Togo que não devem ficar atrás dos Bafana Bafana.

Com Carlos Alberto Parreira no comando técnico e Benny McCarthy deixado de fora, a África do Sul teve uma passagem discreta pela CAN. Melhor do que há dois anos em que contou por derrotas os jogos disputados, os dois empates não foram, no entanto, motivos de festa. Com o experiente Sibusiso Zuma a levar a equipa às costas (é o elemento mais experiente e o melhor tecnicamente), Parreira teve ainda em Van Heerden (o jogador que deu os dois pontos aos Bafana Bafana) um elemento bastante útil.

De resto, pouco ou nada se viu. Em 2006, havia Nomvete, Mokoena (o extremo), McCarthy e outros que poderiam deixar a ideia que quatro anos seriam suficientes para construit a base da equipa. Puro engano. Como já li aqui a África do Sul tem que melhorar muito se não quiser ser considerada a "Áustria do Mundial".

Estatísticas:
  • Dos 23 jogadores convocados por Carlos Alberto Parreira, cinco não chegaram a ser utilizados: os guarda-redes Rowen Fernandes e Khune, os defesas Fransman e Nhlapo e o avançado Excellent Walaza.
  • Três actuaram os 270 minutos possíveis: o guarda-redes Josepha, o defesa Mokoena e o médio Modise
  • Sibusiso Zima não foi totalista por apenas um minuto, sendo substituído no derradeiro jogo
  • Steven Pienaar, uma das figuras da equipa, actuou apenas 161 minutos, falhando o terceiro jogo
  • Três jogadores foram admoestados com o cartão amarelo: nenhum repetente
  • Dos três golos apontados, dois foram de Van Heerden (em 154 minutos) e um de Mphela (30 minutos)
  • Os dois primeiros golos foram apontados por suplentes que tinham acabado de entrar: Van Heerden a 19 minutos do fim e Mphela a meia hora
  • Mphela jogou apenas 30 minutos contra a Tunísia, marcando um golo

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