Há dois anos, a Guiné-Conacry surpreendeu o mundo do futebol. No grupo com África do Sul, Zâmbia e Tunísia, os Le Syli alcançaram o primeiro lugar. Dois anos depois, repetir a façanha seria complicado, especialmente com o anfitrião Gana incluído, mas a disputa com Marrocos prometia ser competitiva.
Sem o ex-axadrezado Sambegou Bangoura no lote dos eleitos, Robert Nouzaret não deixava de ter a espinha dorsal da equipa, a verdadeira alma, composta por Fode Mansaré na esquerda, Ismael Bangoura no lado direito e Pascal Feindouno no centro.
Começando a análise pela baliza, há o "João Ricardo guineense". Entrado nesta prova desempregado, Kemoko Camara deu excelentes provas de qualidade durante a prova. Foi titular indiscutível, sofrendo 10 golos em quatro partidas. À primeira vista, poderá ser um número negativo, mas é em muito influenciado pela goleada sofrida frente à Costa do Marfim nos quartos-de-final (0-5). De resto, além das boas defesas, Camara fica também marcado por ter sofrido alguns dos melhores golos da prova: Muntari no jogo inaugural, Aboucherouane na vitória com Marrocos ou o tiro de Bakary Koné na goleada marfinense.
Na defesa, o destaque principal vai para a forte dupla de centrais, composta por Dianbobo Baldé (Celtic) e Oumar Kalabane (Manisaspor). Muito fortes fisicamente, aparentam alguns problemas de mobilidade, mas ainda assim não deixam de ser o maior trunfo na defesa. Bons no jogo aéreo, Kalabane fez questão de o demonstrar com um golo de belo efeito contra o Gana. Depois de actuarem os três primeiros jogos juntos, Robert Nouzaret decidiu deixar Baldé e Kalabane no banco contra a Costa do Marfim. Quando o descalabro era total, o técnico lançou Kalabane aos 73 minutos. Tarde demais.
Nas laterais, Jabi (Trabzonspor) e Ibrahima Camara (Le Mans) foram aqueles que mais tempo ocuparam o lugar. No lado direito, Jabi foi totalista e evidenciou-se especialmente pela simplicidade de movimentos, tentando acima de tudo não comprometer defensivamente e acompanhar o ataque com segurança. No lado contrário, Ibrahima Camara falhou o primeiro jogo, mas depois tomou conta da esquerda. Ao contrário de Jabi, Ibrahima não dá tanta segurança, mas é bastante mais ofensivo. Combinou bem com Mansaré contra Marrocos.
Numa forma global, no entanto, não se pode afirmar que a defesa guineense seja má. Os cinco golos sofridos à Costa do Marfim exibiram o desnorte sentido frente à equipa que melhor ataca no continente africano. As ausências de Kalabane e Balde foram sentidos e servem, de certa forma, como desculpa.
No meio-campo, numa primeira fase, não houve lugares reservados. Kanfory Silla (Sivasspor) e Mohamed Cissé (Bursaspor) poderiam ser, à partida, os titulares, mas Silla fez apenas os dois primeiros jogos, enquanto Cissé só actuou os 90 minutos contra Marrocos. Curiosamente, a única vitória foi alcançada quando o meio-campo estava no seu esplendor, ou seja, com os dois no meio-campo e com o trio mais adiantado composto por Bangoura, Feindouno e Mansaré.
Estatísticas:
Sem o ex-axadrezado Sambegou Bangoura no lote dos eleitos, Robert Nouzaret não deixava de ter a espinha dorsal da equipa, a verdadeira alma, composta por Fode Mansaré na esquerda, Ismael Bangoura no lado direito e Pascal Feindouno no centro.
Começando a análise pela baliza, há o "João Ricardo guineense". Entrado nesta prova desempregado, Kemoko Camara deu excelentes provas de qualidade durante a prova. Foi titular indiscutível, sofrendo 10 golos em quatro partidas. À primeira vista, poderá ser um número negativo, mas é em muito influenciado pela goleada sofrida frente à Costa do Marfim nos quartos-de-final (0-5). De resto, além das boas defesas, Camara fica também marcado por ter sofrido alguns dos melhores golos da prova: Muntari no jogo inaugural, Aboucherouane na vitória com Marrocos ou o tiro de Bakary Koné na goleada marfinense.
Na defesa, o destaque principal vai para a forte dupla de centrais, composta por Dianbobo Baldé (Celtic) e Oumar Kalabane (Manisaspor). Muito fortes fisicamente, aparentam alguns problemas de mobilidade, mas ainda assim não deixam de ser o maior trunfo na defesa. Bons no jogo aéreo, Kalabane fez questão de o demonstrar com um golo de belo efeito contra o Gana. Depois de actuarem os três primeiros jogos juntos, Robert Nouzaret decidiu deixar Baldé e Kalabane no banco contra a Costa do Marfim. Quando o descalabro era total, o técnico lançou Kalabane aos 73 minutos. Tarde demais.
Nas laterais, Jabi (Trabzonspor) e Ibrahima Camara (Le Mans) foram aqueles que mais tempo ocuparam o lugar. No lado direito, Jabi foi totalista e evidenciou-se especialmente pela simplicidade de movimentos, tentando acima de tudo não comprometer defensivamente e acompanhar o ataque com segurança. No lado contrário, Ibrahima Camara falhou o primeiro jogo, mas depois tomou conta da esquerda. Ao contrário de Jabi, Ibrahima não dá tanta segurança, mas é bastante mais ofensivo. Combinou bem com Mansaré contra Marrocos.
Numa forma global, no entanto, não se pode afirmar que a defesa guineense seja má. Os cinco golos sofridos à Costa do Marfim exibiram o desnorte sentido frente à equipa que melhor ataca no continente africano. As ausências de Kalabane e Balde foram sentidos e servem, de certa forma, como desculpa.
No meio-campo, numa primeira fase, não houve lugares reservados. Kanfory Silla (Sivasspor) e Mohamed Cissé (Bursaspor) poderiam ser, à partida, os titulares, mas Silla fez apenas os dois primeiros jogos, enquanto Cissé só actuou os 90 minutos contra Marrocos. Curiosamente, a única vitória foi alcançada quando o meio-campo estava no seu esplendor, ou seja, com os dois no meio-campo e com o trio mais adiantado composto por Bangoura, Feindouno e Mansaré.
Estatísticas:
- Dos 23 jogadores convocados por Nouzaret, três não foram utilizados: os dois guarda-redes (Diarso e Yattara) e o defesa Habib Jean
- Três actuaram os 360 minutos possíveis: o guarda-redes Kemoko Camara, o lateral-direito Daouda Jabi e o extremo/avançado Ismael Bangoura
- Foram mostrados sete cartões amarelos a jogadores guineenses: Pascal Feindouno, Souleymane Youla, Kanfory Sylla, Douda Jabi, Mohamed Cissé, Ibrahima Camara e Kamil Zayaté
- Pascal Feindouno viu o primeiro cartão vermelho da competição
- Os Le Syli apontaram cinco golos no campeonato: Feindouno (2), Oumar Kalabane, Ismael Bangoura e Souleymane Youla
- Um dos golos foi apontado de grande penalidade: Feindouno contra Marrocos
- A equipa sofreu cinco golos na partida em que a dupla de centrais titular esteve no banco
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