No mundo do futebol, a rivalidade não existe apenas entre clubes. Confrontos como Brasil-Argentina, Portugal-Espanha, Alemanha-Itália ou Itália-Brasil centram as atenções em si mesmos, mas a segunda vaga do futebol também está repleto de rivalidades exacerbadas que levam a que o jogo seja uma autêntica afirmação de identidade.
Falo do México-Estados Unidos. O futebol nos EUA é relativamente recente, mas cedo foi criada a maior rivalidade da CONCACAF. Esta madrugada, no Reliant Stadium (Houston, Texas), 70 mil pessoas assistiram ao empate a dois golos num jogo que teve o ambiente mais espectacular que já vi num estádio de futebol. O facto do estádio ser totalmente coberto muito ajudou, mas a verdade é que, sendo um jogo particular, parecia estar-se a disputar uma autêntica final.
Numa perspectiva muito segmentada, o onze estado-unidense apresentou-se com um esquema de 4x2x2x2, ou seja, quatro defesas, dois médios mais centrais, dois alas e dois avançados. Na baliza, Tim Howard.
Howard é actualmente um dos esteios da equipa. Com passagem pelo Manchester United, o actual guarda-redes do Everton realizou uma excelente exibição com um punhado de boas defesas. Ocupando bem o espaço entre os postes, negou dois golos a Arce com defesas espectaculares. É um dos mais experientes da equipa, o que ajuda a valorizar ainda mais o seu papel na selecção.
Na defesa, Moor na direita, Corrales na esquerda e Onyewu e Bocanegra no centro. Os laterais são o grande calcanhar de aquiles da equipa. Na direita Moor foi interveniente directo nos dois golos sofridos pela equipa na partida contra o México. Contudo compensa, se se puder utilizar a palavra compensa num caso destes, com a propensão ofensiva. Bom a atacar, foi dele o cruzamento para o cabeceamento vitorioso de Jozy Altidore. Na esquerda Corrales é muito mais tímido no processo ofensivo.
Bocanegra e Onyewu complementam-se na perfeição. O primeiro é mais regular, inteligente no posicionamento, bom tempo de corte... o verdadeiro patrão da equipa. Já Onyewu, mais jovem, começa a confirmar as credenciais que o fizeram estar na mira dos grandes ingleses. Bastante alto e forte, o jogo de cabeça a atacar é uma enorme vantagem. Outra peculiaridade: muita força nos lançamentos laterais.
À frente da defesa, Ricardo Clark e Bradley. O primeiro é campeão da MLS ao serviço dos Houston Dynamo. Médio centro completo, ocupa toda a faixa central do terreno e integra, em velocidade, o ataque. Forte no confronto físico. Já Bradley é mais discreto e mais técnico. Esteve pouco em jogo.
As alas aliam a experiência com a irreverência. Do lado direito, Landon Donovan é considerado um dos melhores jogadores de sempre da selecção. Já sem ter a velocidade de 2002, por exemplo, teve uma mutação enquanto jogador semelhante à de Figo, pese o sacrilégio. Decisivo, carrega a equipa às costas e começa a variar para o centro do campo cada vez mais com maior frequência. Fortíssimo nas bolas paradas. Do lado contrário, Bobby Convey é considerado o Donovan do futuro, mas canhoto. Rápido, boa técnica e com um futuro muito promissor à sua frente. Ainda assim, não teve um jogo propriamente famoso.
No ataque, Dempsey e outra esperança: Jozy Altidore. Pouco em jogo, Dempsey acabou por ser ofuscado pela estreia a titular, na terceira internacionalização, de Altidore. Já foi aqui abordado aquando dos New York Red Bulls, mas normalmente os grandes jogadores, os predestinados, têm sempre grandes estreias. Longe de assemelhar os talentos de cada um, foi assim com Pelé, Eusébio, Simão... entre muitos outros. Altidore estreou-se e marcou de cabeça num gesto de excelente execução.
Com características que não se limitam à de "avançado", pode tornar-se um caso sério no futuro. Para já os Red Bulls safaram-se de uma possível transferência para o Fulham. Para já, acrescento, porque a Inglaterra não ficará muito mais tempo sem contar com este jogador.
Vindos do banco, destaque para Adu e Edu. Adu continua a ser um dos meninos dos olhos da plateia, com fintas de levantar o estádio. Agora que saiu dos EUA e joga no Benfica os regressos são sempre muito saudados. Já Edu, no meio-campo, impressiona pela maturidade. Bastante jovem também, está na linha de sucessão de Convey, Adu e Altidore na lista de jovens promissores. A seguir...
Falo do México-Estados Unidos. O futebol nos EUA é relativamente recente, mas cedo foi criada a maior rivalidade da CONCACAF. Esta madrugada, no Reliant Stadium (Houston, Texas), 70 mil pessoas assistiram ao empate a dois golos num jogo que teve o ambiente mais espectacular que já vi num estádio de futebol. O facto do estádio ser totalmente coberto muito ajudou, mas a verdade é que, sendo um jogo particular, parecia estar-se a disputar uma autêntica final.
Numa perspectiva muito segmentada, o onze estado-unidense apresentou-se com um esquema de 4x2x2x2, ou seja, quatro defesas, dois médios mais centrais, dois alas e dois avançados. Na baliza, Tim Howard.
Howard é actualmente um dos esteios da equipa. Com passagem pelo Manchester United, o actual guarda-redes do Everton realizou uma excelente exibição com um punhado de boas defesas. Ocupando bem o espaço entre os postes, negou dois golos a Arce com defesas espectaculares. É um dos mais experientes da equipa, o que ajuda a valorizar ainda mais o seu papel na selecção.
Na defesa, Moor na direita, Corrales na esquerda e Onyewu e Bocanegra no centro. Os laterais são o grande calcanhar de aquiles da equipa. Na direita Moor foi interveniente directo nos dois golos sofridos pela equipa na partida contra o México. Contudo compensa, se se puder utilizar a palavra compensa num caso destes, com a propensão ofensiva. Bom a atacar, foi dele o cruzamento para o cabeceamento vitorioso de Jozy Altidore. Na esquerda Corrales é muito mais tímido no processo ofensivo.
Bocanegra e Onyewu complementam-se na perfeição. O primeiro é mais regular, inteligente no posicionamento, bom tempo de corte... o verdadeiro patrão da equipa. Já Onyewu, mais jovem, começa a confirmar as credenciais que o fizeram estar na mira dos grandes ingleses. Bastante alto e forte, o jogo de cabeça a atacar é uma enorme vantagem. Outra peculiaridade: muita força nos lançamentos laterais.
À frente da defesa, Ricardo Clark e Bradley. O primeiro é campeão da MLS ao serviço dos Houston Dynamo. Médio centro completo, ocupa toda a faixa central do terreno e integra, em velocidade, o ataque. Forte no confronto físico. Já Bradley é mais discreto e mais técnico. Esteve pouco em jogo.
As alas aliam a experiência com a irreverência. Do lado direito, Landon Donovan é considerado um dos melhores jogadores de sempre da selecção. Já sem ter a velocidade de 2002, por exemplo, teve uma mutação enquanto jogador semelhante à de Figo, pese o sacrilégio. Decisivo, carrega a equipa às costas e começa a variar para o centro do campo cada vez mais com maior frequência. Fortíssimo nas bolas paradas. Do lado contrário, Bobby Convey é considerado o Donovan do futuro, mas canhoto. Rápido, boa técnica e com um futuro muito promissor à sua frente. Ainda assim, não teve um jogo propriamente famoso.
No ataque, Dempsey e outra esperança: Jozy Altidore. Pouco em jogo, Dempsey acabou por ser ofuscado pela estreia a titular, na terceira internacionalização, de Altidore. Já foi aqui abordado aquando dos New York Red Bulls, mas normalmente os grandes jogadores, os predestinados, têm sempre grandes estreias. Longe de assemelhar os talentos de cada um, foi assim com Pelé, Eusébio, Simão... entre muitos outros. Altidore estreou-se e marcou de cabeça num gesto de excelente execução.
Com características que não se limitam à de "avançado", pode tornar-se um caso sério no futuro. Para já os Red Bulls safaram-se de uma possível transferência para o Fulham. Para já, acrescento, porque a Inglaterra não ficará muito mais tempo sem contar com este jogador.
Vindos do banco, destaque para Adu e Edu. Adu continua a ser um dos meninos dos olhos da plateia, com fintas de levantar o estádio. Agora que saiu dos EUA e joga no Benfica os regressos são sempre muito saudados. Já Edu, no meio-campo, impressiona pela maturidade. Bastante jovem também, está na linha de sucessão de Convey, Adu e Altidore na lista de jovens promissores. A seguir...
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