terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

NEWCASTLE JETS
O legado "deixado" por Jardel

Vasco da Gama, Grémio, FC Porto, Galatasaray, Sporting, Bolton, Ancona, Newell's Old Boys, Alavés, Goiás, Beira-Mar, Anorthosis Famagusta... e Newcastle Jets. A ida de Mário Jardel para a Austrália, onde se tornou no "marquee player" (equivalente ao designated player nos Estados Unidos, ou seja, a possibilidade das equipas fazerem uma contratação cujos valores salariais não entrem no famoso tecto salarial imposto pela liga). Mediático como sempre, ajudou a tornar o campeonato australiano mais interessante para quem viu o que Jardel conseguia fazer há uns anos. Alguns jogos depois, quase sempre como suplente, o avançado brasileiro abandonou, mas deixou o "legado": a equipa iria sagrar-se campeã. Com ou sem Jardel, a verdade é que esteve presenta na época.

A equipa de Gary Van Egmond conquistou assim o primeiro título de sempre na história. A jogar em 4x2x3x1, com um meio-campo povoado e uma capacidade de circulação de bola de fazer inveja a muitas equipas europeias, os Jets conseguiram aproveitar ao máximo os erros dos Central Coast Mariners, vingando assim a derrota na "Major semi-final".

Na baliza, Ante Covic foi um dos melhores elementos durante a época. Na final, foi poucas vezes chamado a intervir, mas quando isso aconteceu não desiludiu. À frente, teve um quarteto de luxo. Na direita, Tarek Elrich não comprometeu a defender e ajudou às fortes investidas que a equipa fez por esse flanco, levando que do lado contrário D'Apuzzo fosse mais comedido a subir. No eixo da defesa, Andrew Durante foi simplesmente inultrapassável e dominador nos despiques individuais, acabando por vencer mesmo a medalha Joe Marston, de melhor elemento em campo. Ao seu lado, Jade North esteve igualmente eficaz a defender.

Numa primeira linha do meio-campo, Adam Griffiths e Musialik tomavam conta da primeira fase do ataque, dando mais liberdade de movimentação a Mark Bridge, pela direita, Matt Thompson, pela esquerda, e Jin Hyung Song, o sul-coreano de 20 anos.

Com uma negociação falhada para o campeonato espanhol, Song decidiu rumar a Austrália esperando que lhe facilitasse uma desejada saída para a Europa. Jovem, ágil e bom tecnicamente com os dois pés, tem valor para ambicionar a campeonatos mais competitivos e com maior mediatismo. Continuando no meio-campo, Mark Bridge foi dos elementos mais irrequietos durante os primeiros 45 minutos e foi graças à pressão que fez sobre Vidmar que conseguiu recuperar a bola e marcar o único golo da partida.

Na frente, Joel Griffiths é a figura incontornável da equipa. Melhor marcador da equipa, foi também votado como o melhor jogador do campeonato. "Pouco" avançado, Griffiths deambula pelo terreno nunca permitindo uma marcação fácil. Caiu com muita frequência nas alas e descia para o meio-campo para ajudar à constante circulação de bola dos Jets, chegando mesmo a aparentar que actuavam em 4x6x0. Não marcou, mas esteve irrepreensível durante os 90 minutos.

* Central Coast Mariners e Newcastle Jets encontraram-se na final, depois de os Mariners terem vencido a "Major Semi-Final" frente aos Jets, garantindo desde logo a presença na final. Os Jets tiveram que esperar pelo vencedor do encontro da "Minor Semi-Final" (Queensland Roar) para discutir a segunda vaga.

1 comentário:

Anónimo disse...

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