quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Futebol puro

O futebol puro tem vindo a ser assassinado com o passar dos anos pelo método e conhecimento. Os jogadores de rua, os meninos que começam desde cedo a pontapear bolas de trapos, a fazerem cuecas e concursos de toques na rua, muitas vezes descalços, são cada vez menos e, quando chegam ao futebol profissional, têm de se sujeitar à intelectualização da táctica.

Por toda a história, existem exemplos de crianças oriundas de condições impróprias que conseguiram singrar no mundo do futebol, tornando-se em magos do futebol. Em África, qualquer jogador surge, à partida, num meio deste género. Com mais coisas com que se preocupar, os governos, instáveis na maior parte dos casos, não se podem dar ao luxo de investir no futebol, mas a paixão da população está lá.

Com condições de saúde degradáveis e com uma esperança média de vida muito inferior à que se regista na Europa, o futebol surge, para muitos, como remédio. Com paixão, sonho e ambição, as crianças entragam-se à magia de virem a disputar um dia um Mundial.

Na curta de Silas Hagerty, estes pontos são abordados de um ponto de vista mais abrangente. O futebol é um meio de reunir pessoas com uma paixão para os perigos da Sida, como uma forma de alerta. É portanto, um denominado país do terceiro mundo (Zâmbia) a aproveitar a força da modalidade para algo realmente importante e não apenas para interesses escondidos e obscuros como ocorre tão frequentemente nos ditos desenvolvidos.

2 comentários:

Nuno disse...

Bom texto e bom filme...

Anónimo disse...

necessario verificar:)