Os esquerdinos são conhecidos no mundo do futebol como jogadores extremamente tecnicistas. Fortes no um para um, ter um esquerdino como número "10" é meio caminho andado para dar imaginação e espectacularidade ao jogo.
Talvez por isso, os esquerdinos nestas posições sejam cada vez menos. O Benfica este ano pode ser, talvez, a excepção com a contratação em massa de jogadores esquerdinos desde Freddy Adu a Angel Di María. No entanto, há uma componente de jogo em que os treinadores preferiam não ter esquerdinos: na marcação de penáltis.
Tenhamos como objecto de estudo a lotaria de ontem entre o Vitória de Guimarães e o Sporting. Houve seis grandes penalidades falhadas, houve 16 grandes penalidades marcadas. Quatro esquerdinos foram chamados a marcar e... quatro esquerdinos falharam. Não é regra, mas a história tem-nos contado que é de desconfiar de um esquerdino a marcar um lance com esta responsabilidade.
Em Fátima, Lino também atraiçoou o FC Porto com uma característica (ser esquerdino) que até há não muito tempo era encarado como um pecado e sinal de demónio. Nos Europeus e Mundiais os exemplos também proliferam. Frank de Boer é apenas um. Mas pronto, nem tudo é mau. Freddy Adu ontem marcou dois de forma exemplar e o último Mundial foi decidido por uma grande penalidade de um esquerdino.
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